O que é Joint Venture e como aproveitar?

 

O termo Joint Venture vem do inglês "união de risco". Trata-se de um tipo de acordo estabelecido entre duas ou mais empresas para criação de uma nova organização. Diferente de outros processos como a fusão, aquisição, incorporação ou cisão, no Joint Venture as empresas continuam a existir. Juntas, elas têm um alcance maior, unindo recursos que potencializam o crescimento do negócio.

Um exemplo de Joint Venture que deu certo é a startup BeeTech, criada em 2016 pelas empresas BeeCâmbio e a Egenius. Cada empresa já trabalhava com soluções e produtos específicos para o mercado financeiro, que passaram a ser oferecidos pelo novo empreendimento, potencializando os seus serviços. De acordo com o StarSe, as duas empresas operam juntas R$ 200 milhões por ano.

Mas afinal, quais são os riscos de estabelecer um acordo de Joint Venture?

Historicamente, o termo Joint Venture está relacionado à um tipo de acordo temporário estabelecido entre companhias marítimas na Grã-Bretanha, no século XVI, em que comerciantes se uniam para realizar expedições de risco para obter produtos e especiarias. Ao longo do tempo, esse modelo evoluiu e passou a ser adotado por empresas que se associavam para conquistar novos espaços do mercado. Contudo, assim como a criação de qualquer empresa e sociedade empresarial, existem inúmeros riscos que devem ser considerados por todas as partes.

Além de avaliar as reais oportunidades e necessidades do mercado, ao estabelecer uma parceria no formato de Joint Venture e lançar uma nova empresa é importante considerar a maturidade dos dois empreendimentos, os conhecimentos e tecnologias oferecidos por cada parte, e ainda os recursos financeiros que serão aplicados na formação do capital social. Diferente da criação de uma empresa tradicional, no Joint Venture cada empresa deve contribuir com serviços complementares que juntos geram maior valor para o mercado.   

Por isso, mais do que o investimento financeiro, é importante que as empresas que pretendem estabelecer um acordo de Joint Venture tenham compatibilidade entre os seus produtos e serviços. No caso citado anteriormente, da BeeTech, as duas empresas já trabalhavam com soluções financeiras que integradas geraram um novo produto para o mercado. O mesmo pode ser observado em Joint Ventures de grandes organizações como a Nokia e a Siemens, que em 2006 formaram a Nokia Siemens Networks, ampliando o serviços de hardware e softwares para o mercado de telecomunicações.

Também é importante analisar a cultura organizacional e a governança corporativa de cada empresa envolvida no acordo de Joint Venture. É essencial que haja um alinhamento do modelo de gestão a ser adotado, para que sejam evitados problemas e choques de visão. Empresas que atuam há anos no mercado, com certeza terão suas próprias diretrizes, valores e propósitos, que por vezes podem ser conflitantes. Por isso os líderes devem definir parâmetros e uma cultura organizacional para a empresa formada, com novos valores e objetivos.

Outras questões como a confiabilidade dos dados, definição de responsabilidades e direitos de cada empresa envolvida no acordo de Joint Venture, devem ser estabelecidos com bastante cuidado. O contrato social deve ser elaborado com o auxílio de profissionais, que irão auxiliar a definir outras questões como o modelo societário ideal e o objeto social do novo empreendimento. Também será necessário prever cláusulas para o caso de quebra da Joint Venture ou desistência de uma das partes.

 

Contabilidade e Joint Venture

 

Ao estabelecer um acordo de joint venture é essencial buscar um escritório contábil para definir adequadamente o Contrato Social e o contrato de Joint Venture.

Embora seja uma operação com riscos inerentes à criação de qualquer negócio, com o apoio de especialistas as chances de se obter sucesso são muito maiores.

Dessa forma, é fundamental ter um acompanhamento contábil e jurídico para definir o modelo de contrato ideal, as obrigações e responsabilidade de cada parte, assim como para determinar as informações necessárias para regulamentar os produtos e serviços a serem oferecidos.

Esse aspecto é ainda mais importante nos empreendimentos de tecnologia, que possuem diversas especificidades, que devem ser consideradas no planejamento tributário e financeiro.

Vale destacar ainda, que o acordo de Joint Venture pode ser estabelecido entre empresas nacionais e internacionais, o que aumenta a complexidade da regulamentação dos serviços e produtos oferecidos por cada uma das partes - pois várias normas e tributos variam conforme a região e o setor do negócio. Assim é necessário avaliar com especialistas como será a tributação, quais leis devem ser respeitadas e ainda quais benefícios fiscais podem ser aproveitados.

Com o apoio de uma contabilidade avançada, os empreendedores podem ter mais informações para a tomada decisões estratégicas que potencializam o crescimento dos negócios.

joint venture

 

Outros processos de união ou compra de empresas


Além do acordo de Joint Venture abordado anteriormente, existem outros processos tradicionais que podem ser realizados para conquistar o mercado e alcançar novos resultados. No setor de tecnologia, que hoje representa um dos maiores setores econômicos do mundo, a compra e fusão de empresas é cada vez mais comum. Diversas startups, na verdade, são criadas com a única finalidade de venda para grandes empreendimentos que se favorecem das ferramentas e serviços oferecidos.

Um exemplo é o Facebook que já adquiriu empresas como o WhatsApp e o Instagram, eliminando a concorrência entre as redes e expandindo a integração dos recursos. Nesse processo, denominado como aquisição, os serviços continuaram a existir, mesmo pertencendo a outra empresa. O mesmo vale para a Microsoft que comprou o Linkedin, ou outras grandes empresas que compraram tantos outros empreendimentos que têm tecnologias com alto potencial.


Embora a aquisição de empresas seja mais comum do que os acordos de Joint Venture, a criação de empreendimentos por duas ou mais empresas pode ser ainda mais interessante do que a venda à grandes corporações como a Google. Pois no Joint Venture, todas as empresas envolvidas no acordo se beneficiam e podem alcançar juntas novos resultados no mercado.

Além da aquisição de empresas, existem outros processos que podem ser realizadas pelas empresas que buscam crescer no mercado. Confira:

 

  • incorporação: processo em que uma ou mais sociedades são absorvidas por outro empreendimento maior e deixam de existir, permanecendo a empresa incorporadora;  
  • fusão: é quando duas ou mais empresas se unem e deixam de existir separadamente, criando um novo negócio (diferente do Joint Venture, em que um novo empreendimento é criado e as empresas envolvidas continuam a existir individualmente);
  • cisão: é a operação contrária à fusão. Trata-se do processo em que uma empresa é dividida e cria uma ou mais organizações menores, para destinar parte ou todo o seu capital social. Se todo o patrimônio for transferido, a sociedade cindida deixa de existir.


Para realizar qualquer um desses processos é essencial que as finanças, tributos e todos os documentos da empresa estejam em dia, tal como abordado no artigo Tipos de investimentos financeiros para empresas de tecnologia, uma vez que será estabelecida uma nova sociedade organizacional que terá características, obrigações e necessidades próprias.

Por isso é fundamental ter o apoio de profissionais contábeis que irão auxiliar na preparação da sua empresa para alcançar os objetivos estratégicos do negócio e no sucesso de parcerias como do Joint Venture.

Se você ficou com algum dúvida ou deseja obter mais informações sobre algum desses processos, entre em contato agora mesmo com a MK Soluções Empresariais, que já atua há mais de 25 anos no mercado de TI.


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