O início de uma startup é cheio de dúvidas, incertezas e questionamentos. Um dos principais está relacionado com os tipos de investimentos financeiros que o novo negócio pode receber. Geralmente, as startups começam como um negócio bem pequeno, com pouquíssimos funcionários e quase nenhum dinheiro para dedicar ao crescimento. Por esse motivo, os investimentos são tão importantes.
Nos últimos seis anos, o número de novas startups quase que dobrou. De acordo com os dados da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), em 2012 haviam 2.519 startups cadastradas. Por enquanto, o registro de 2018 é de 6 mil desses pequenos empreendimentos.
Com um aumento tão expressivo no número de novos negócios surgindo, será que ainda é possível conseguir um investidor para uma startup? É sobre isso que vamos falar aqui neste texto, além de mostrar os tipos de investimentos do mercado. Continue acompanhando!
7 tipos de investimentos financeiros para startups
Startup é o termo que representa novos negócios que têm como principais objetivos:
- apresentar soluções inovadoras para problemas;
- fazer mais com menos e;
- crescer rápido.
Mesmo que um dos objetivos seja usar o mínimo de recurso possível, em determinado momento a empresa precisará de investimento para alavancar. Principalmente se o negócio estiver dando certo, ele exigirá que mais pessoas sejam contratadas, maior divulgação etc.
O modelo de startup já mostrou que pode dar certo e mesmo com um aumento no número de novas empresas surgindo, o investimento no ramo continua em expansão. Dados divulgados pela Anjos do Brasil revelaram que o número de investidores no Brasil cresceu 16% em 2017 - comparado com o ano anterior.
Atualmente, são 7.615 investidores anjo no país, de acordo com a organização. Há também uma movimentação de empresas, que foram startups um dia, receberam investimentos e hoje estão estabilizadas, se dedicando a ajudar outros negócios em processo inicial. A finalidade é evitar o chamado “vale da morte”, que é o período que muitos desses empreendimentos acabam falindo, após a captação do investimento anjo e a primeira rodada de capital de risco.
As iniciativas e os números são animadores, mas antes de começar a procura por um investidor, a startup deve conhecer os tipos de investimentos financeiros que ela pode buscar. Veja cada um deles na lista que preparamos.
1. Bootstrapping
Esse é o primeiro tipo de investimento que uma startup costuma receber. O bootstrapping é quando o próprio empreendedor ou um grupo de empreendedores investem do seu próprio dinheiro no negócio.
2. Capital Semente
O capital semente é o investimento destinado para startups que ainda não estão em destaque no mercado, mas já lançaram seus produtos ou serviços e recebem algum faturamento deles.
É o tipo de investimento comum em negócios que estão em fase de implementação, organizando suas operações. Em muitos casos, são concebidos entre as incubadoras de empresas. O valor do capital semente costuma ajudar na capacitação dos gestores e da parte financeira da empresa.
3. Investimento-Anjo
Talvez o mais conhecido entre os empreendedores, o investimento-anjo é um dos que mais se ouve falar quando o assunto é aporte financeiro em startup. O termo “anjo”, quer dizer que esse tipo de investidor não oferece apenas seu capital, mas também seus conhecimentos, sua experiência e a rede de contatos que dispõe para orientar os novos empreendedores.
Quem se declara um investidor-anjo está buscando por modelos de negócios com alto potencial de retorno.
4. Aceleradoras
São formadas por grupos de empresas que procuram startups para serem apoiadas financeiramente, oferecer consultoria, treinamento e participação em eventos durante o período em que fizeram parte do processo.
A participação em uma aceleradora é aberta e pode durar de três a oito meses. Em troca, a startup deve conceder participação acionária à aceleradora.
5. Incubadoras
As incubadoras são modelos de investimento onde uma empresa ou um projeto cria ou desenvolve pequenas e microempresas desde o seu início.
No processo de incubação, como costuma ser chamado, as novas empresas são auxiliadas com a criação do negócio, orientação sobre técnicas de apresentação, têm acesso a recursos de ensino superior, espaço físico, entre outros benefícios.
Normalmente, são modelos sem fins lucrativos e as startups podem ser incubadas por até três anos.
6. Venture Capital
Também conhecido como Capital de Risco, esse investimento acontece por meio da compra de participações acionárias, em geral minoritárias. O maior risco, para o investidor, nesse caso, é que ele é tão elevado quanto o potencial de valorização das startups.
Toda empresa que investe por meio de um Venture Capital, firma um período de compromisso com a startup. Isso quer dizer que o investimento deve preparar a empresa para receber aportes ainda maiores.
7. Venture Building
Esse modelo é uma junção das características de outros tipos de aportes como das incubadoras, aceleradoras e venture capital. A Venture Building cria o produto e ajuda a construir o negócio. A startup que recebe esse investimento tem também todo o planejamento estratégico, a captação de recursos financeiros, recursos humanos e estrutura física.
A participação de uma Venture Building em uma startup pode chegar até 80%, ainda em fase inicial.
Como conseguir dinheiro para startup
Agora que você já conhece os principais tipos de investimentos financeiros para empresas de tecnologia, deve estar se perguntando como conseguir dinheiro para startup? Não é mesmo? Essa é a pergunta que todo empreendedor faz a si mesmo todos os dias.
A primeira orientação a ser seguida é cuidar, desde o início da parte contábil e financeira do negócio. Em qualquer conversa ou negociação de um investimento será necessário falar sobre isso e é importante que você saiba todas as informações necessárias e mostre que é bastante organizado.
A justificativa é bem simples: se a empresa não consegue trabalhar com o pouco capital que tem, como será quando receber um aporte alto? É isso que um investidor vai pensar ao perceber que você não é organizado com as finanças do seu negócio.
Outro ponto importante é saber exatamente qual o problema que a sua startup se propõe a resolver e qual o seu potencial. Você deve apresentar isso de forma clara e objetiva. O ideal é que esse problema seja comum na sociedade e ainda não existam grandes soluções para eles. Mostre os diferenciais do seu negócio e o que vai torná-lo um sucesso no mercado.
Trabalhe com dados e informações reais. Faça testes antes de buscar um investidor e apresente os resultados. Fuja dos achismos.
Tenha uma apresentação, ou pitch, que desperte o interesse dos investidores no seu negócio. O ideal é que a partir do momento que você tomar a decisão de buscar um investidor, esteja com ela pronta.
Imagine que você começou a criar um networking, fazer contato com incubadoras, aceleradoras ou teve acesso a um investidor e eles aceitaram conversar com você, sua equipe ou sócio formalmente. Talvez você não tenha tempo de desenvolver uma apresentação adequada, por isso, o recomendado é que você prepare o pitch e no futuro faça alterações, se for necessário.
Por último, e não menos importante: estude sobre o mercado de investimentos em startups, converse com empreendedores que já receberam seus aportes, frequente lugares onde esse tema está sempre em voga e faça networking. Além de abrir sua mente para novas possibilidades, essas ações te ajudarão a estar sempre em evidência, mesmo que a sua startup não tenha dado certo ainda.
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