Ao lançar um novo produto ou iniciar um serviço no setor de tecnologia, muitas startups acabam trabalhando durante muito tempo sem formalização, gestão contábil e financeira. O problema é que, além dos gastos iniciais, com a expansão do negócio e a realização de novos investimentos podem surgir algumas dívidas fiscais. O cenário fiscal brasileiro e a arrecadação de tributos das empresas também contribui para essa questão. Sem planejamento tributário e organização contábil, a empresa pode ter gastos desnecessários, pagar multas, perder recursos e não seguir a legislação vigente.
Dessa forma, saiba quais aspectos contábeis e tributários a sua empresa deve observar antes de ser criada.
Processos contábeis iniciais
Como abordado no artigo Ambiente fiscal e tributário para empresas de tecnologia e inovação: o que você precisa saber, além de enfrentar legislações complexas, as empresas brasileiras são obrigadas a pagar um alto volume de impostos diretos e indiretos. No entanto, com a formalização e adequação aos regimes tributários, os empreendimentos podem atrair mais investidores e usufruir de benefícios fiscais.
Para isso é importante que antes do primeiro dia oficial da empresa, os responsáveis busquem um serviço contábil para a definição do objeto social, a criação do contrato social e o registro do negócio na Junta Comercial do município. Esses processos são obrigatórios e requerem o acompanhamento de profissionais que possam indicar corretamente as etapas e documentos para o registro da startup.
Como há um grande número de atividades desenvolvidas no setor de tecnologia, é extremamente importante verificar em qual modalidade a empresa irá se enquadrar. Por mais que o empreendedor tenha experiência na área de tecnologia, as legislações que definem e caracterizam cada atividade são complexas e requerem a análise de profissionais especializados. Como startups começam com poucos recursos e funcionários, esse processo pode ser realizados por escritórios de contabilidade externos.
Além da definição do objeto social (atividade desempenhada) logo no primeiro ano da empresa é fundamental a adoção de um regime tributário. Pode parecer exagero, mas com a fiscalização das atividades do negócio, tributos não pagos em um período de até cinco anos podem ser cobrados com juros e multas elevadas. Caso não haja faturamento registrado no primeiro ano, a empresa não precisará pagar os tributos. No entanto, desde a exata data em que a empresa obteve seu registro na junta comercial e o respectivo CNPJ, a empresa já possui um grande número de obrigações acessórias junto aos órgãos fiscalizadores sendo que o não cumprimento destas obrigações acarreta em multas de valores expressivos. Passando a faturar, maior ainda será o número de obrigações acessórias, além dos tributos sobre o faturamento.
Com a definição correta do regime tributário de acordo com a atividade, faturamento e outras características do negócio, a empresa evita o pagamento de tributos acima do necessário. Nesse sentido, para evitar dívidas fiscais, é extremamente importante realizar um planejamento tributário, calculando os impostos cobrados e buscando benefícios ou incentivos fiscais para a empresa.
Sem dívidas fiscais: preparação para receber investimentos e vender a startup
Uma situação muito recorrente em startups é a criação do negócio com o propósito de venda da empresa após o crescimento e valorização de mercado - o que pode levar anos ou apenas algumas semanas. De fato, muitos empreendedores ao criarem um produto inovador, passam a receber ofertas de investimentos e compra. Para ambos os casos, porém, é necessário que todos os documentos estejam organizados, e que haja uma avaliação financeira dos serviços. Isso ajudará no momento de analisar as ofertas de compra e também na apresentação para futuros investidores.
Assim, o empreendedor que tem a pretensão de abrir uma startup deve se preocupar com a contabilidade do negócio, desde o momento da criação de um produto ou serviço, buscando registrar corretamente todas as operações. Se o empreendedor ainda não tem uma equipe fechada, é possível contratar profissionais terceirizados que trabalham especificamente com negócios de tecnologia. Além de indicar corretamente as informações para o registro da startup, um contador pode auxiliar no cálculo dos investimento iniciais, na escolha do regime tributário e o município para o formalização da empresa.
Seguindo esses procedimentos, a startup está preparada para ser vendida ou então para captar recursos de investidores - afinal, ninguém irá aplicar dinheiro apenas em ideias. O empreendedor deve demonstrar por meio de relatórios organizados e projeções contábeis, o retorno que o comprador ou investidor terá com a empresa.
Se você tem dúvidas sobre os processos contábeis iniciais para abrir uma startup ou como evitar dívidas fiscais acompanhe o nosso blog ou entre em contato! A MK Soluções Empresariais é especialista no atendimento de startups e empresas de tecnologia.